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Após um ano de retração, o agronegócio deve ser o motor da economia brasileira em 2023, de acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) e do Santander.
A expectativa é de que o setor cresça 8% este ano, impulsionado pela safra recorde de grãos, cereais e leguminosas, que deve alcançar 293,6 milhões de toneladas, um aumento de 11,8% em relação a 2022.
A soja e o milho serão os principais responsáveis pelo crescimento, e outras produções, como a de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças, também estão indo bem.
Embora alguns economistas projetem uma desaceleração global para 2023, o Santander acredita que o impacto no agronegócio brasileiro será mínimo, pelo menos por enquanto. Já o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antonio Galvan, alerta que as projeções positivas dependem exclusivamente do clima, que foi um fator negativo nos últimos anos. Ainda assim, o presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, acredita que a colheita de 2023 será boa e que o valor bruto da produção crescerá ao menos 5%, ficando acima de R$ 1,3 trilhão.
Enquanto isso, a economia brasileira em geral deve ficar praticamente estagnada em 2023, com projeções do Ibre apontando para um PIB de apenas 0,2%, o que significa que o agronegócio será o único setor a crescer de forma expressiva.