Compartilhar
O mercado de exportação de carnes do Brasil está em alta, com projeções animadoras para 2024. De acordo com estimativas do Rabobank, o país deverá ver um aumento significativo, especialmente impulsionado pela crescente demanda chinesa.
As exportações de carne bovina devem crescer entre 2% e 3%, conforme relatórios da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Este aumento é parte de um cenário mais amplo, onde a China se destaca como um grande consumidor. As exportações totais de proteínas para o país asiático devem subir entre 6% e 7% em relação ao ano anterior, o equivalente a um acréscimo de 200 mil toneladas.
Apesar da expectativa de crescimento, os valores de exportação não devem atingir os patamares anteriores a 2023, mas há uma possibilidade real de ultrapassar os atuais números. A escassez de carne bovina nos EUA torna o Brasil mais competitivo, abrindo oportunidades para expandir as vendas para o mercado americano.
A avicultura e a suinocultura também têm boas perspectivas. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê um aumento nas exportações de carne suína em 2024, com a possibilidade de um crescimento de 6,6% em relação ao ano atual. No caso da carne de frango, o crescimento esperado é de até 3,9%.
Ricardo Santin, presidente da ABPA, ressaltou a importância do Brasil na oferta de frango, especialmente em meio a preocupações com a gripe aviária no Hemisfério Norte, o que pode impulsionar a demanda por produtos brasileiros. Além disso, a indústria nacional mantém rigorosas práticas de biossegurança para manter os mercados internacionais abertos.
A China, por sua vez, enfrenta desafios com uma nova onda de peste suína africana, o que deve aumentar suas importações de carne suína em 8% no próximo ano. O Brasil está bem posicionado para suprir uma parte significativa dessa demanda.
Com a China impulsionando o mercado e a competitividade brasileira em ascensão, o ano de 2024 se mostra promissor para o setor de exportação de carnes do país.