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O mercado de carne bovina está em alta neste mês de dezembro, impulsionado por uma demanda interna crescente e exportações em ascensão, revelam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com as festividades de final de ano se aproximando, varejistas estão fortalecendo seus estoques, elevando ainda mais a procura por carne bovina no mercado interno.
As exportações de carne bovina in natura estão atingindo níveis intensos, indicando um aumento considerável em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, do lado da oferta, alguns frigoríficos enfrentam desafios em preencher suas escalas de abate, restringindo a oferta no atacado.
O reflexo direto desses movimentos é o avanço dos preços da carne bovina, atingindo patamares significativos. O traseiro da carne bovina voltou a ser negociado acima de R$ 20/kg, registrando uma valorização expressiva de 6% no mês, o mais alto desde maio deste ano.
Este cenário impacta tanto os produtores quanto os consumidores. Para os produtores, os preços elevados representam uma oportunidade de receitas mais robustas, mas também trazem desafios operacionais, como o gerenciamento do fornecimento e o equilíbrio entre custos de produção e preços mais altos.
Já para os consumidores, o aumento nos preços da carne bovina pode pressionar os orçamentos familiares, levando a possíveis substituições por alternativas mais acessíveis, como aves ou suínos. Esse comportamento pode influenciar os padrões de consumo e afetar a inflação, elevando os custos dos alimentos.
Diante desse cenário, produtores e consumidores precisam adotar estratégias adaptativas para lidar com os desafios trazidos pelo mercado, buscando equilibrar custos, demanda e oferta para garantir um panorama estável para ambos os lados da cadeia de abastecimento.