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O governo do México anunciou a renovação do Paquete Contra la Inflación y la Carestía (Pacic), medida que elimina tarifas de importação sobre produtos essenciais da cesta básica, como carnes, leite, arroz e feijão. A extensão da medida, válida até 31 de dezembro de 2025, foi oficializada pela presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e representa uma oportunidade estratégica para o fortalecimento das exportações brasileiras, principalmente de produtos agropecuários.
O Impacto do Pacic nas Relações Comerciais Brasil-México
Desde a implementação do Pacic, em maio de 2022, o México consolidou-se como um dos principais parceiros comerciais do Brasil, tornando-se o maior destino das exportações agropecuárias brasileiras na América Latina. A isenção temporária de impostos de importação incentivou o crescimento das exportações de alimentos brasileiros, como carne de frango, carne suína, leite, arroz e feijão.
Segundo o governo brasileiro, a renovação do Pacic é fundamental para a continuidade dessa relação comercial, que tem beneficiado ambas as nações. Apenas nos onze primeiros meses de 2024, as exportações brasileiras para o México totalizaram US$ 2,7 bilhões, evidenciando o impacto positivo da parceria.
Carnes Brasileiras em Destaque no Mercado Mexicano
Um dos principais setores beneficiados pela medida é o de carnes. Atualmente, o México ocupa a 7ª posição entre os maiores importadores de carne de frango do Brasil e é o 10º maior destino de carne suína brasileira. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), nos onze primeiros meses de 2024, o Brasil exportou 205 mil toneladas de carne de frango ao México, um aumento de 18,8% em relação ao mesmo período de 2023.
As exportações de carne suína também apresentaram crescimento significativo, com 42 mil toneladas enviadas ao mercado mexicano, um avanço de 49,7% no mesmo período comparativo. Esses resultados representaram receitas totais de US$ 620 milhões, um marco importante para o setor.
Diversificação da Oferta Alimentar no México
O Pacic tem como objetivo principal combater a inflação e garantir o abastecimento de alimentos no mercado mexicano. Com o benefício tributário, o governo incentiva a importação de produtos estratégicos, ampliando a oferta de itens essenciais à população. Essa política tem fortalecido o papel do Brasil como fornecedor de alimentos ao México, destacando-se pela qualidade e competitividade de seus produtos.
Além das carnes, produtos como leite, arroz e feijão também têm se beneficiado da parceria. Esses itens fazem parte da dieta básica dos mexicanos, e a redução de custos possibilitada pelo Pacic contribui para a estabilidade dos preços no país.
Perspectivas para 2025
Com a renovação do Pacic, as expectativas para 2025 são otimistas. A ABPA projeta que o fluxo de exportações de aves e suínos para o México deve se manter firme, reforçando a presença brasileira no mercado mexicano. Segundo a entidade, a continuidade do programa oferece previsibilidade ao setor agroexportador brasileiro, possibilitando investimentos e estratégias de longo prazo.
Além disso, o fortalecimento da parceria entre Brasil e México pode abrir portas para novos acordos comerciais no futuro, expandindo ainda mais a participação brasileira no mercado latino-americano.
Brasil: Protagonista no Agronegócio Mundial
O desempenho das exportações brasileiras para o México reafirma a posição do Brasil como um dos principais players no agronegócio global. A qualidade dos produtos, aliada à competitividade dos preços, torna o país uma escolha preferencial para mercados que buscam segurança alimentar e diversidade de oferta.
Com a extensão do Pacic até 2025, o Brasil tem a oportunidade de consolidar sua liderança no fornecimento de alimentos ao México, fortalecendo sua economia e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário.