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O agronegócio brasileiro continua a desempenhar um papel vital na economia nacional, com exportações atingindo US$ 79,24 bilhões no primeiro semestre de 2023, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior. A soja permanece como líder nas exportações, impulsionando esse crescimento. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor, conforme relatórios do CEPEA em parceria com a CNA, alcançou 0,5% nos primeiros seis meses do ano, acumulando a expressiva marca de R$ 2,63 trilhões estimados para 2023.
Entretanto, mesmo com essa ascendência notável, o agronegócio enfrenta desafios incontroláveis, principalmente ligados às condições climáticas. Variações extremas de chuva, temperaturas elevadas ou baixas frequentemente resultam em prejuízos consideráveis para os produtores, financiadores e consumidores, impactando os preços dos produtos.
Para mitigar esses riscos, os produtores estão cada vez mais aderindo ao seguro rural, um instrumento que oferece compensação em caso de perdas nas safras. Nos últimos cinco anos, as seguradoras desembolsaram cerca de R$ 20 bilhões em indenizações, demonstrando a relevância desse seguro. No entanto, apesar dos incentivos públicos, nem todos os produtores conseguem acessar essa proteção devido ao seu custo, ao contrário do cenário nos Estados Unidos, onde mais de 90% da produção é coberta por seguro.
Além disso, os distribuidores de insumos têm recorrido à antecipação de títulos do agro, como CPRs e duplicatas, para evitar riscos e perdas. Empresas como a TerraMagna estão prevendo conceder cerca de R$ 1,5 bilhão até o final de 2023, um aumento de 25% em comparação ao ano anterior, evidenciando uma maior adesão a esse serviço.
Os desafios imprevisíveis persistem, porém, preparar-se para enfrentá-los é crucial para a estabilidade e o crescimento contínuo do setor. Essas medidas são fundamentais para preservar a rentabilidade e consolidar a posição do agronegócio brasileiro não apenas no país, mas também como referência global.
