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O preço da mandioca sofreu uma queda significativa, acumulando uma diminuição de quase 50%. A maioria das indústrias de fécula está em recesso para as manutenções anuais, resultando em poucas unidades mantendo o recebimento da mandioca, com apenas algumas programadas para atividades de moagem nas próximas semanas.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a menor demanda e o aumento do interesse de venda dos produtores pressionaram as cotações da raiz. Entre 18 e 22 de dezembro, o valor médio da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 577,50, representando uma queda de 0,41% em relação ao período anterior. Em termos reais, a desvalorização em 12 meses é de 49,3%.
Visando impulsionar a produção, o Paraná está investindo em pesquisa e tecnologia para fortalecer suas indústrias de fécula. Em uma reunião do Sistema Estadual de Agricultura, o foco foi debater estratégias para alavancar esse setor. Empresários de diferentes cidades paranaenses se reuniram para discutir soluções e parcerias visando à ampliação da produção e comercialização.
O estado, vice-líder na produção da raiz, busca consolidar-se como o principal produtor de fécula de mandioca no Brasil, explorando seu alto potencial de industrialização. A região de Paranavaí concentra o principal complexo industrial da mandioca e busca reduzir custos para expandir sua presença no mercado global.
Com um olhar para o futuro, o estado pretende ampliar a capacidade de produção, reduzir custos e investir em recursos como mecanização e genética. A cooperação entre o setor público e privado é apontada como essencial para alcançar esses objetivos, visando gerar mais emprego, renda e promover o desenvolvimento econômico da região.
A expectativa para a safra 2022/2023 é otimista, com estimativas que superam os números do ciclo anterior, promovendo avanços no setor e impulsionando a busca por novas tecnologias e parcerias.