Compartilhar
No segundo trimestre de 2023, o setor agropecuário brasileiro celebra um marco significativo: um crescimento real de 12,6% no salário médio em comparação com o mesmo período em 2016. Com um valor médio de R$ 2.018,99 por mês, esse é o segundo maior patamar já registrado para esta época do ano, perdendo apenas para o ano de 2020, marcado pela pandemia da Covid-19.
Um estudo conduzido pelo Centro de Estudo do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que esse aumento na remuneração no agro superou em muito a média da economia brasileira, que teve um crescimento de 4,3%, passando de R$ 2.719,44 para R$ 2.836,409.
A força motriz por trás desse avanço salarial foi a agropecuária, que apresentou um notável aumento na produção e no valor bruto da produção. Em contrapartida, a agroindústria não experimentou um aumento significativo na remuneração.
Apesar de o mercado de trabalho do agro estar menor em termos de ocupação, ele se destaca por oferecer um maior número de vagas formais e uma remuneração mensal mais substancial para os trabalhadores. Esse fenômeno pode ser atribuído, em parte, ao excelente desempenho da agropecuária e à crescente formalização do mercado de trabalho no setor.
O aumento na remuneração média mensal no agro não apenas supera o crescimento médio de outros setores da economia brasileira, mas também evidencia uma tendência de maior formalização e remuneração mais elevada dentro do setor agropecuário. Este é um sinal promissor para os trabalhadores e para o setor como um todo, indicando uma trajetória de valorização e estabilidade no mercado de trabalho agrícola do Brasil.