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A lagarta Spodoptera frugiperda está presente em todo o Brasil. Com diferentes hospedeiros, que facilitam sua manutenção durante todo o ano e em diversas culturas, notou-se aumento na sua incidência, em especial nas lavouras de algodão e soja.
Segundo a doutora e pesquisadora de entomologia Lucia Vivan, o cenário tem se agravado ao longo das safras principalmente porque as proteínas dessas culturas não têm efeito de controle sobre a praga, sendo necessárias pulverizações. Devido a isso, ocorrem danos diretos às plantas, e consequente diminuição de seu rendimento. Os surtos mais intensos da praga estão associados a períodos de menor precipitação.
O sistema soja-milho pode trazer ainda mais problemas, já que o milho é o principal hospedeiro da espécie e em todas as suas fases de desenvolvimento, está à mercê da praga.
“O uso de produtos biológicos tem sido uma opção de controle para a Spodoptera frugiperda na soja, milho e algodão, e a integração de vírus e controle químico tem apresentado bom resultado e um maior tempo de proteção às plantas”, destaca a pesquisadora. Outra ferramenta para manejo dessa espécie é a manipulação da população de insetos, através do comportamento sexual, a partir da aplicação de feromônio sintético na área para confusão dos machos, reduzindo o acasalamento e reprodução.
O hábito noturno da praga deve ser considerado para a realização de pulverizações noturnas, quando ela fica exposta aos produtos fitossanitários.